Amaro Borges (Bezerros/PE)

Xilogravador.  Filho de pais pobres e irmão do importante xilogravador J. Borges, trabalhou dos sete aos treze anos no Engenho Catende, em Pernambuco. Ao mudar para o Recife em busca de melhores condições de vida foi trabalhar como pedreiro até o ano de 1972. Mas o contato direto com o cimento lhe provocou uma forte alergia na pele, principalmente nas mãos, que o impossibilitou de continuar nesse ofício. Ao retornar a Bezerros para tratamento da saúde, juntou-se aos irmãos e sobrinhos que já eram artistas famosos na arte de fazer xilogravuras e começou a trabalhar intensamente como gravador. Seus trabalhos, quase todos em preto e branco, transmitem fortes traços da cultura nordestina. Amaro Francisco Borges foi assessor de arte popular de Ariano Suassuna (1994/98), quando secretário de cultura de Recife.
O artista morre em junho de 2006 deixando uma vasta obra ainda pouco conhecida.